Passos de Break Dance – Footwork

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O Footwork é onde está toda a essência da dança, é nele que você pode inserir toda a sua criatividade e habilidade desenvolvida em seus treinos, é o mais completo e complexo ao mesmo tempo, pois exige muita técnica e agilidade em sua execução. Hoje com o grande avanço do Break dance é possível ver cada vez, mais novos estilos e técnicas desenvolvidas baseados neste fundamento, o Footwork. Então, aqui está uma lista atualizada de bases de footwork mais usadas recentemente, confira a lista:

CC Long: Atualmente conhecido como 6 step (six step), que é um nome que a Rock Steady Crew atribuiu a esse estilo de Footwork que leva 6 passos pra completar uma volta.

4 STEP (four step): Footwork que leva 4 passos pra completar um volta.
Boyoing Um estilo “impostor” de Footwork feito pelos B-Boys do meio da década de 70. É mais feito por Frosty Freeze da Rock Steady Crew.

Elbow Rock: Footwork usando os cotovelos ao invés das mãos.

The Russian (o russo): Estilo de footwork baseado na dança russa que se dança agachado chutando o ar, mas aqui ele é feito com um movimento de um lado para o outro e com as mãos tocando o solo entre cada oscilação. È mais feito por Ken Swift, Wicket, Flo Master, Crazy Legs.

Knee Rock: Estilo de footwork do final dos anos 70 que usa os joelhos ao invés dos pés como forma de enfeite (especialmente o 6 step e o 4 step).

3 Step Baby Swipe: Estilo de footwork feito em 3 passos, porém com cada um deles marcados de maneira forte, como um corte, uma pancada. Criado entre o fim da década de 70 e o começo da década de 80. Feito mais por Ken Swift (seria o footwork rock steady).

Double Leg Kicks: Footwork feito imitando o movimento de Sammy Davi JR que no meio de seu estilo de footwork chutava o ar, pra cima com as duas pernas simultaneamente enquanto trocava de uma mão para a outra (chutar as duas pernas e ficar com uma mão no chão).

Spyder Style: (Não deve ser confundido com o movimento no qual se traz as duas pernas por cima dos ombros). O estilo Spyder (aranha) era feito no fim dos anos 70. É um estilo no qual você fica em 4 apoios com o corpo de frente para o solo e faz-se um movimento que dá um “efeito de aranha”(usualmente feito como um estilo de transição entre dois estilos diferentes de footwork). Mais feito por Mr Wiggles, B-Boy Steve(LV), Floor Rock.

Cork Spin: O cork Spin (giro rolha) é um movimento feito em parafuso para cima durante o footwork.

Sweep Swipes: Footwork feito fazendo golpes como se estivéssemos varrendo, criado por Icey Ice.

Criss Cross Shuffle (pisoteio cruzado Criss): Feito como um famoso movimento vertical Disco, onde você está fazendo um CC Long e depois continuando a rotação do footwork você “criss cross” seus pés… feito por Baby Love (no filme Beat Street).

Front Sweep Back Sweep: Inovado por POW WOW do Soul sonic Force, combinando um “front sweep” (pisoteio de frente) de um só pé com o outro pé “marcando” o solo durante o footwork.

Back Rock: Estilo de Footwork feito com as costas.

Power Footwork: Estilo criado por Icey Ice no começo dos anos 80 que pega o Footwork básico (CC Style) e lhe dá uma impressão de poder para preparação de um Power Move.

Traveling Footwork: Um estilo que viaja, se desloca, sobre o solo sobre os braços e as pernas (4 apoios) com o corpo virado pra cima dando o efeito de um caranguejo, siri, ou seja, indo para o lado rastejando primeiro com as pernas e depois com as mãos.

Spyderman Footwork (footwork homem aranha): Estilo criado por Mr Wiggles e inspirado numa cominação de Crazy Legs. Ele involve o movimento de uma aranha (não o estilo) colocar suas mãos abaixo de suas pernas e por dentro enquanto se faz o footwork dando o efeito de um Looping Style.

Freezes e suas definições

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Como as Freezes são algo indispensáveis em uma session, publiquei aqui mais uma lista de algumas freezes e suas definições. Mas detalhes sobre as freezes você pode acessar e estudar um pouco mais sobre ela visitando os seguintes artigos.

Nesses artigos você encontrará dicas importantes para você evoluir e melhorar sua dança.
Baby Freeze (original): Caindo no solo de lado chutando o dedão ou dando birra.
Baby Freeze: Pressão balançando sobre as mãos com uma perna no joelho da outra (às vezes feito com ambas às pernas abrindo e fechando como tesouras).
Chair Freeze: O Chair freeze é similar ao Baby freeze, mas no Chair freeze a perna de trás (baixo) toca o solo e a outra perna fica cruzada as parte superior da perna de trás.
Hollow Back: (conhecido como escorpião no Brasil, ponte sem tocar o solo) Introduzido no B-Boying por Kid freeze, e aperfeiçoado por Kid Float no começo dos anos 80. É uma parada de mão com seus pés caindo pra trás até quase tocar o solo.
Air Baby: É a posição do Baby freeze, mas balançando sobre as mãos como numa parada de mão, mas com um dos cotovelos no joelho (e algumas vezes em uma só mão) era chamado de “dady bear”.
Ninja Freeze: È um freeze que vem de um movimento de rápida torção, que aterrissa em uma posição de Ninja. Quem freqüentemente faz esse freeze é Icey Ice, Next One.
Plank Freeze: É um Baby freeze, só que com as pernas extendidas (criado por Ken Swift).
Hi Plank: É um freeze de parada de mão feita somente com uma mão, e com a outra mão na testa ou qualquer outro lugar (inspirado no Plank freeze… criado por Flo Máster e Quick Step).
One Hank Crutch / Flo Freeze: Inspirado no famoso freeze de capoeira (queda de rins), difere pelos movimentos de tesoura e pelo fato do joelho tocar o cotovelo devendo ficar estático por 2 segundos.

Tudo sobre Spin Moves

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Os Spin Moves são movimentos bastantes incompreendidos por muitos, por isso venho através desse artigo que encontrei em outros sites especializados no assunto e resolvi compartilhar com todos vocês.

O que são Spin Moves?

Spin Move é todo movimento de “giro”, todo movimento giratório que um B-Boy faz. Confundido com o Power Move, esse movimento giratório deve ser executado de maneira correta, ou seja, dançada de acordo com os fundamentos da dança. Os PowerMoves são movimentos de grande impacto e não de giro continuo como os spins.

Conheça alguns Spin Moves

Handglide: Deslizamento lateral, è um Baby Freeze mas girando sobre a mão.
* Crickets: É o mesmo que o Handglide mas você deve saltar quando faz o Cricket, é conhecida como “picada ou tartagura”.
* Jackhammers: É o mesmo que o Cricket mas com uma só mão. É conhecida como “picada com uma mão”.
* Sideglide: (deslizamento lateral) é o mesmo que o Handglide mas agora, ao invés do seu cotovelo estar no seu abdômen, ele esta na lateral do seu corpo e seu corpo todo gira na lateral e não com o peito voltado para o chão como antes.
* Elbowglide: (deslizamento com o cotovelo) o mesmo que o Handglide mas agora sua mão esta no abdômen e seu cotovelo esta no chão. Você gira sobre o cotovelo agora e não sobre a mão.
* Fistglide: (deslizamento com o punho) agora você gira mas com o punho e não com a palma da mão.
* Headglide: (deslizamento com a cabeça) o mesmo que o Handglide mas agora você não esta mais com seu corpo na horizontal, seu corpo agora esta inclinado e sua cabeça esta raspando mesmo no chão, é um movimento com mais dificuldade pois é preciso encontrar seu ponto de equilíbrio deixando sua base ( mão) mais próxima na cabeça.
* Donut: O mesmo que o Headglide mas agora sim seu corpo esta mesmo na vertical e não inclinado como antes.
Back Spin: Giro de costas.

Wind Mills: Moinho de vento.

* Genies – moinho de vento com os braços atravessados no tórax.
* Nutcrackers – moinho com as mãos no “saco” (americano).
* Airplanes – moinho com seu braço direito esticado para fora e para o lado tão alto quanto
você puder.
* Barrels – moinho com os braços arredondados na sua frente (como se estivesse
carregando um barril).
* Sumos – moinho agarrando os joelhos.
* Supermans – moinho com o tórax, onde os braços ficam para a frente ou para o lado (moinho de peito).
* Eggbeaters – moinho com as mãos no quadril.
* Confusions – moinho com a mão na orelha e o cotovelo ao lado no chão. (Vietnã faz com
um cotovelo).
* Body Glides – mesmo que Superman.
* Baby Wind Mills – moinho com as pernas encolhidas e cruzadas nos tornozelos sem o uso das mãos.
* Coffins – mesma coisa que o Baby Wind Mills mas sem cruzar as pernas nos tornozelos. São apenas as pernas encolhidas.
* Tombstones – moinho com as pernas fechadas e em formato de “L” sem o uso das mãos (bastante feito por “Bampy” – Suicidal Life Style), esse movimento foi criado por Babak, o flying monkey.
* Camnomballs – moinho com formato de uma bala de canhão com os braços abraçando os joelhos, como se fosse pular numa piscina.
* Eggbeater Babies – moinho baby com a mão no quadril, inventado por Inferno.
* Double Wind Mills – enquanto faz o moinho sem as mãos, levante suas costas e faça uma volta inteira com a cabeça (mistura de moinho com halos).
* Body Flairs – superman saltando / Body Glide.
Swips: Conhecido como “rotor” no Brasil. Seu corpo roda no ar através de um chute e uma porção do corpo sobre o apoio de uma mão.
Head Spin: Giro de cabeça.
Flare: movimento giratório com as pernas abertas igual da ginástica olímpica “cavalo de pau”.
Knee Spin: Giro de joelho. Você apóia seu peso em um joelho ao chão e gira com sua outra perna esticada para a lateral.

Assistir Online Filme Beat Street

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Beat Street é um filme dramático de 1984. Deu seqüência à Wild Style, no sentido de mostrar a cultura do hip hop de Nova Iorque.
Um aspirante a DJ, a partir do sul do Bronx, e seu melhor amigo, um promotor, para tentar obter no show business, expondo as pessoas a hip-hop, música e cultura.

Tudo sobre Vogue / Vogueing

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vogue
Vogue nasceu dentro dos clubs gays em meados de 1980 já na era disco, que deu origem depois da música House, então não tem uma relação com o funk, mais sim influências de wacking / punking por ser também uma dança do universo gay , mas em apenas em alguns movimentos, pois musicalmente nasceram em universos diferentes, pois o estilo de dança Vogue baseia-se nas poses de modelos encontrados nas páginas de revistas de moda mais importantes do mundo, em movimentos complexos, alongados, marcados e rápidos, tendo um pouco de influência do hip-hop e break e não é só praticado por gays. Até hoje existem campeonatos do estilo “vogue”, que já se divide em estilo clássico e mais moderno.

Willi Ninja foi um dos maiores pioneiros desse estilo, considerado o padrinho do voguing e criador do grupo House of Ninja, um dos maiores grupos desse estilo.

Willi Ninja tinha seu próprio estilo de dança e foi o responsável por dar visibilidade ao “vogue”, ele trouxe o estilo vogue a um nível da visibilidade e da perfeição no desempenho que ninguém havia alcançado antes, ele também foi um criador de tendências com suas interpretações de dança incrível como o vogue, onde ele foi apresentado no vídeo Voga primeiro por Malcolm McLauren e Madonna onde o ajudaram a introduzir ao mundo a cultura da dança underground no filme “Paris Is Burning” em 1990, de Jennie Livingston, onde relata um documentário sobre a cultura drag dos anos 80, que mostra festas onde as drags competiam por prêmios, tudo dividido por categorias mesmo. Gente famosa do underground nova-iorquino, como Pepper LaBeija, e o próprio Willi Ninja e outros que estavam por lá.
A competição chegou a níveis absurdos, aqueles movimentos que pareciam ser saídos de editoriais de moda. A loucura toda virou música do Malcolm McLaren, chamada Deep In Vogue. Madonna, conheceu Jose Ninja e Luis Ninja dois dançarinos do grupo House of Extravaganza (grupo de vogueing) e ficou impressionada com a dança, pegou tudo isso, misturou com o Salsoul dos anos 70, e criou o hino Vogue, em seu video de maior sucesso, aparece á famosa dança, que por causa desse vídeo tornou-se conhecida, mesmo que não tenha sido o primeiro a mostrar os passos de Voguing (como era chamada a dança, própriamente dita). Outros artistas da house music e da música eletrônica já estavam utilizando essa “nova tendência”, mas como Madonna estava no auge da popularidade, o fato dela ter feito o vídeo fez parecer que foi ela quem criou, descobriu ou lançou oficialmente o estilo, mas não foi.

Willie Ninja não foi o primeiro dançarino e nem o último, mais trouxe o estilo Vogue á um nível de desempenho e perfeição.

Procure por Javier Ninja, Danielle Ninja, Anna Ninja, Luis Ninja, Jose Ninja eles são uma das maiores referências do voguing.

Tudo sobre Hip Hop Dance (Freestyle)

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Dança Urbana Americana originada em meados dos anos 80, em festas e Clubs(danceterias), através de Social Dances (danças sociais) com influência de outras danças (Locking, Popping, Breaking e etc…). Se tornou muito conhecida porque esteve presente em performances e vídeos de artístas da música Rap e R&B.Entre seus pioneiros e colaboradores se destacam: Scoob & Scrap (Dançarinos do rapper Big Daddy Kane) e Buddha Stretch com Elite Force/MopTop).
Hip Hop Dance na prática.No começo Buddha Stretch fala sobre “Lyrical Hip Hop”, termo inventado por pessoas que não conseguem fazer o “Real Hip Hop”, pois podemos dançar Hip Hop tanto nos instrumentais como nos vocais da música.É exatamente o que ele mostra no vídeo. Esclarecendo:Freestyle não é uma dança, e sim o ato de improvisar, ou seja, Freestyle de Popping significa que estou improvisando na linguagem do Popping,a mesma coisa vale para as outras danças urbanas.

Seguem abaixo os principais movimentos de Bases:

Running Man, Happy Feet, Harlem Shake, Wable, Monastair, James, Fila, Charlie Brown, Rambo, The Wap, Chaplin, Robocop, Chiken, Shamrock, Cake Walk, The Alf, Jerry Lewis, Heel Toe, C-Walk, Happy Fit, The Wop, Woblee, Heel Toe.

As 4 Dicas para Ser um bom dançarino

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O conhecimento que o dançarino demonstra ter, enquanto dança, dos movimentos básicos, e de como se utilizar deles.

Técnica: A limpeza e precisão, assim como uma boa execução dos movimentos.

Ritmo: Esse quesito é o mais importante de todos. O dançarino deve, sempre, estar dançando conforme o ritmo da música.

Musicalidade: O conhecimento musical e capacidade que o dançarino tem de utilizar diferentes seções da música, além da batida principal, como instrumentos, vocais, quebras musicais, e “traduzir” essas seções através de sua dança.

Criatividade: É o quão original o dançarino consegue ser, seja dançando de uma forma diferente e única, ou com movimentos originais (próprios), trazendo algo de novo e criativo para a cena.

Entenda o que é Musicalidade

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O que é a música? Como ouvi-la? Estas perguntas assolam continuamente a nós que gostamos de cantar e também a nós que gostamos de ouvir… É complicado descrever sucintamente o que é boa música. Existem muitas técnicas para cantar e tocar. É preciso muita “bagagem” para ouvir. Isso nos leva a declamar as palavras fatídicas: “Gosto dessa música, não gosto desta.” Vamos aprender a ouvir a música? Não apenas como um sentido simples que a audição permite, mas ouvir com um novo sentido, que definiremos adiante Música x Musicalidade.

Há uma distinção entre música e musicalidade que muitos não percebem e que mostra-se como o mais importante nó desta cadeia. A diferença é simples, mas nem sempre compreendida: música é racional, musicalidade é emocional.A música é, como veremos mais à frente, a emoção transcrita em linguagem humana e, como tudo que é humano, falha. A música por si só não é nada. Ao sair da mente (e do coração) do compositor, ela não é mais que uma tentativa. No entanto, ao passar pelo intérprete e chegar ao destinatário final que é você, ouvinte, ela toma significado pois reveste-se do que chamamos de musicalidade.

Enfim, o que iremos tratar não é da música como técnica, com suas fermatas, colcheias e claves de fá. Iremos tratar de um modo mais interior e mais instintivo, de modo que tudo que você conheça sobre música torne-se cada dia novo, num aprender perene.Aqui vale avisar que a própria maneira que temos de registrar a música é em muitos sentidos limitada. Pergunte a qualquer músico se é possível demonstrar tudo o que ele deseja através do sistema de notas que temos hoje e você verá que a resposta será invariavelmente não. Isto porque o sistema é composto de doze semitons, que vão de Dó a Si, que conseguem transmitir muito do que a música expressa, mas não tudo. A diferença entre esta capacidade e a verdadeira intenção do compositor é o que chamamos de musicalidade.

Toda música contém doses generosas de emoção e quanto melhor a música, mais fácil fica para nós, diletos ouvintes, captarmos seu sentido e sua carga emotiva. A música pode transmitir ódio, paz, amor, tristeza, serenidade, patriotismo, inveja, júbilo, confiança, enfim, todas as emoções podem ser escritas em sua linguagem própria, que é a nossa música. A transmissão destas emoções é análoga à transmissão através de um telefone, por exemplo. Alguém fala, esta voz é transformada (através de equipamento apropriado para isto) em sinais elétricos, que por si só não falam. Estes sinais são enviados por um meio (apropriado!) até quem escuta. Os sinais são trasformados novamente em voz (via equipamento apropriado) e podem ser compreendidos. Na música ocorre o mesmo!

Existe alguém que deseja enviar uma emoção: o compositor. Ele transforma através de equipamentos apropriados esta emoção em algo passível de transmissão: a partitura ou uma gravação. Então, esta emoção codificada é enviada através de um meio apropriado: o intérprete, até que chega ao outro equipamento apropriado: o ouvinte. Ela então é novamente transformada em emoção e fecha-se o circuito.No entanto, como numa chamada telefônica, precisamos sempre dar confiabilidade à nossa “linha telefônica emocional”, ou seja, precisamos fazer com que os meios fiquem apropriados para tratar a informação de modo eficiente.

O intento deste ensaio é exatamente descobrir como entender a mecânica dos meios de transmissão musicais e como fazê-los exibir seu potencial máximo, dentro do limite de cada um. Se você acha que não tem dom para a música, leia este texto e depois diga-me se continua com a mesma opinião.

Funções da Música:

Para que serve a música? Primeiramente, como vimos, para transmitir emoções. Mas, para que transmitimos emoções? Para uma infinidade de objetivos, sejamos sinceros… Podemos usar a música para declarar o nosso amor, para acalmar nossa vida, para chamar à luta, para elogiar, para agredir, para consolar e para o que chamamos de louvor. É sobre a função de música como instrumento de louvor que queremos chegar, mas antes há uma longa estrada à frente…

O uso que se tenha da música quase que independe do sentido que atribua-se à mesma. Uma música de protesto e uma música de amor têm a mesma alma, só mudando a sua utilização. Não é a toa que podemos encontrar em canções frases como “A mão que toca um violão, se for preciso vai à guerra…”. A música, como a mão, só conhece seu uso através do instrumentista que a manipula.

Podemos distinguir vários estágios de comunicação humana, e em seu ápice encontramos a própria música que é, se assim podemos dizer, o nirvana da comunicação.
Um exemplo, a tempo: se você é um homem e vê uma mulher, muito da comum, andando pela rua, você expressará: “vi uma mulher andando pela rua”.Isto é prosa. Você pode descrever a mulher dos pés à cabeça, e o máximo de informação que conseguira é o que a realidade apresenta. Nada mais e, se for bem observador, nada menos. Se a mulher for bonita, e fizer com que você pelo menos desvie um pouco da sua linha de pensamento, você pode se expressar assim: “Ó que maviosa ninfa que do mar emerge e inunda o mundo de luz.

Olhos meus, por que me traem assim?” etc., etc., etc. Isto é poesia, que contém muito mais informação que a prosa, mas ainda tem seus limites.Ainda que tenhamos já entrado no campo do imaginário, existem cargas maiores de emoção que podemos passar. De repente você “aquela” deusa! Seu coração bate mais forte, sua barriga gela e você fica o bobo padrão. Se você for um Vinícius de Moraes, provavelmente sua forma de expressão será: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é ela a menina que ri e que passa, num doce balanço a caminho do mar”, acompanhado de uma bela canção, que todos conhecem. Se você não chegar num Vinícius, pelo menos o desejo de compor uma canção ficará no ar.

O belo da música está na quantidade de emoção que podemos expressar por ela. A realidade não é mais a mesma, mas é moldada de acordo com o desejo (e a categoria) do compositor. Nisto podemos encontrar o homem como criador, e não apenas criatura. Nenhuma outra coisa no mundo conseguiu conciliar num mesmo pacote emoção e razão de uma maneira tão perfeita.

Musicalidade = Música Caseira

É impossível definir exatamente o que é musicalidade, pelo simples fato de que é impossível definir emoções, mas vamos lá: Musicalidade é o instrumento que temos para transformar sinais sonoros em emoção, e vice-versa. É a musicalidade que capta e diferencia os diversos teores da música e chaveia: isto vai para o cérebro, isto para o coração. O que vai para o cérebro é a parte da letra e os sons que nos são agradáveis ou não, ou seja, a parte física e racional da música. O que vai para o coração é a emoção destilada, em seu estado mais puro.A maior ou menor semelhança com a emoção inicial, que estava com o compositor, vai depender de onde ela passou: desde o próprio compositor, passando pelo intérprete e chegando ao ouvinte. Quanto melhor a qualidade do meio, mais precisa é a comunicação. Resta a nós aperfeiçoar-mos em nós mesmo cada um deste meios, desde a composição até a audição.
Você pode dizer, assustado: “Mas eu não sou músico!!!”.

Provavelmente você é e não sabe, ou tem medo de saber, medo de conhecer o poder de criação que existe em você. Sãoraras as pessoas que não têm o dom da música e mais raras ainda as que não têm musicalidade. Das primeiras ainda conheci algumas, mas não encontrei ainda em meus anos de vida quem não tivesse musicalidade, a ponto de achar que musicalidade é como cérebro e coração: todo mundo que é vivo tem. Se você sabe diferenciar uma música de uma prosa ou poesia, você possui musicalidade. A maior ou menor qualidade desta sua musicalidade depende de sua história, mas sempre pode ser desenvolvida, de maneira que ainda não tenha imaginado, pois aí reside a maravilha da emoção.

“A Prática Leva à Perfeição”. Como em tudo (ou quase tudo) na vida, esta frase tem sentido aqui. Para aprimorar seu “instrumento” de musicalidade, é preciso praticar: escute, tentando compreender o que você realmente sente. Ceda à força que têm a música e faça aflorar seus sentimentos. Escute cada nota como se fosse a última nota permitida a você escutar. Faça disso um jogo particular e verá como sua musicalidade melhorará muito!

Oficina

Atividade 1: Escute algumas músicas, de vários estilos e tente relacioná-las com uma das emoções abaixo:
Medo Alegria Paz Tristeza Amargura Confiança Melancolia Ódio Remorso Júbilo Contemplação
Atividade 2: Jogo: Dançando de Acordo com a Música num grupo, formem um círculo. Uma música irá tocar e um escolhido previamente deve rumar-se para o lugar de outro, dançando de acordo com o ritmo do momento. Quem estiver no lugar a ser tomado, deve sair e fazer o mesmo. Quando o ritmo mudar, a dança muda junto!
Atividade 3: Escute música instrumental e preste muita atenção aos seus pensamentos. É sobre isso que a música fala a você. Este é um bom exercício para se fazer em pé e no escuro (ou de olhos fechados).

Elimine qualquer tipo de interferência e deixe a música agir.

 

 

Saiba o que é Ritmo

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Ritmo vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que se move, movimento regulado. O ritmo está inserido em tudo na nossa vida. Nas artes, como na vida, o ritmo esta presente. Vemos isso na musica e no poema. Temos a nos reger vários ritmos biológicos que estão sujeitas a evolução rítmicas como o dos batimentos cardíacos, da respiração, do sono e vigília etc. Ate no andar temos um ritmo próprio.

Ritmo é o tempo que demora a repetir-se qualquer fenômeno repetitivo, mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado á musica, á dança, ou a parte da poesia, onde designa a variação (explícita ou implícita) da duração de sons com tempo. Quando se rege por regras, chama-se, métrica. O estudo do ritmo, entoação e intensidade do discurso chama-se prosódia e é um tópico pertencente á lingüística. Na música, todos os instrumentos lidam com o ritmo, mas é freqüentemente encarado como o domínio principal dos bateristas e percussionistas.

Segundo alguns autores, os conceitos de ritmo podem variar:

*Para Berge o ritmo é uma lei universal onde tudo submete.

*Dalcroze o caracteriza como principio vital e movimento.

*Platão sistematiza o ritmo, colocando – como definição de movimento ordenado.

A rítmica PE uma ciência do ritmo que objetiva desenvolver e harmonizar as funções motoras e regrar os movimentos corporais no tempo e no espaço, aprimorando o ritmo.

Embasado –se nestas conceitos, fica clara a importância que o ritmo tem na nossa vida, tanto através de influências tanto externas quanto internas. O desenvolvimento e aperfeiçoamento do mesmo torna-se muito importante, pois o ser humano é dependente do ritmo para todas as atividades que for realizar, como na vida diária, profissional, desportiva e de lazer.

O ritmo poder ser individual (ritmo próprio), grupal (caracterizado muito bem pela dança, o nado sincronizado e por uma serie de atividades por equipe), mecânico (uniforme, que não varia), disciplinado (condicionamento de um ritmo predeterminado), natural (ritmo biológico), espontâneo (realizado livremente), e refletido (reflexão sobre a temática realizada), todas estas variações de ritmo podem ser trabalhadas na escola com diferentes atividades.

Fonte: Blog Soul Street’s Dance

Sobre Ragga Jam

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O Ragga Dancehall é o mistério da vida de Laure, nada lhe predestinava a seguir a dança. Porém, sempre foi atraída pelo ritmo e a energia da cultura afro, após procurar aulas desse tipo em 1990 e não encontrar, decidiu criar a dança de seus sonhos. Usou a música que lhe agradava, o raggamuffin, inspirou-se na energia e nas coreografias da dança afro, utilizou uma didática que permitia a todas as pessoas se encontrarem e compartilharem o que sentiam. Assim, criou o Ragga Jam® em 1996 e registrou-o como técnica e marca. Em 1998 foi para as Antilhas ensiná-lo, “Voltei encantada e a resposta das pessoas foi muito positiva. Decidi continuar desenvolvendo minha técnica.” Iniciou a ensinar em Paris e obteve sucesso absoluto, chegando a ter 350 alunos por aula. Mesmo sem o apoio de ninguém no início, por ser branca e ensinar uma cultura negra, Laure encontrou sua manager Stella Diblik, que lhe abriu portas para ensinar em outros países, como Espanha, Itália, Alemanha, Suíça, Finlândia, Hungria, Rússia, etc.

Em 2 anos, o Ragga Jam® foi reconhecido como uma marca internacional, então, começaram os cursos de Formação e as primeiras audições para instrutores e dançarinos em diversos países. Em 2000, a Nike pediu para Laure ser uma de suas atletas européias e ofereceu a proposta de tornar o Ragga Jam® a atividade central da Nike Women, assim nasceu o Ragga Jam® by Nike, que invadiu Paris.

Porém, seu destino levou Laure para as Américas, o primeiro país escolhido para o Ragga Jam® foi o Brasil, onde, nos anos de 2007 e 2008 aconteceram as primeiras Formações Ragga Jam®, de onde saíram os teams de dançarinos e de instrutores brasileiros. Nos últimos 2 anos, Laure continuou rodando pelo mundo levando sua técnica para lugares como o consagrado Broadway Dance Center (NYC) e o conhecido reality So You Think You Can Dance (Polônia).

Em 2007, tivemos a primeira Formação Ragga Jam® Brasil, que reuniu mais de 60 pessoas na Academia EcoFIT Club em São Paulo, com diversos masterclasses e explicações sobre a cultura afro-jamaicana. Em 2008, com mais de 80 participantes, aconteceu a segunda Formação Ragga Jam® Brasil, na Sala Crisantempo em São Paulo.
Neste ano, a Formação Ragga Jam® Brasil, mais uma vez, traz Laure Courtellemont, a criadora do Ragga Jam®, que comanda o curso através de diversos masterclasses, aprofundamento na técnica e pesquisa histórica e cultural. O curso de Formação, ao contrário do que muitos pensam, é um curso aberto para todas as pessoas que tem interesse e querem aprender mais sobre Ragga Jam® e sobre a cultura afro-jamaicana em geral. Todos os participantes saem com um certificado de participação (esse certificado não dá o direito de ensinar a técnica Ragga Jam®).
Nesses 2 dias, os participantes terão aulas práticas (técnica, feeling, danças sociais, sequências coreográficas) e teóricas (sobre a cultura, a dança, a música); uma verdadeira imersão na cultura afro-jamaicana! Para a Formação ser ainda mais completa, nesse ano teremos a presença do DJ Pogo, que tocará ao vivo durante toda a Formação! 

Além disso, nesse ano 2010, teremos uma FESTA no domingo, após o curso de Formação (horário previsto das 22h às 02h) com o DJ Pogo e o DJ Guiu!

Esclarecimento: Ragga Jam não é Dancehall e não faz parte do Street Dance, eles apenas andan juntos.